A valsa é uma dança romântica, cuja origem tem relação com a vida no campo. É uma dança suave e elegante onde o casal dá giros pelo salão de maneira rápida ou lenta.
Devido a sua popularização, desde que foi criada, é a preferida em festas de debutantes, casamentos e formaturas. Ela se tornou querida e ganhou destaque em várias partes do mundo, adquirindo características próprias, dependendo do lugar que foi introduzida.
Mas, o que pode ser comum nesse estilo de dança é a música, caracterizada pelo compasso ternário (com três tempos - 1 forte e 2 fracos).
As danças ternárias surgiram para deixar mais fácil seguir os passos de uma música.
Existem duas versões históricas sobre a origem, uma é que as primeiras danças no ritmo ¾ (compasso ternário) surgiram na França, na região de Provence e era uma dança campestre, que segundo o jornal La Patrie, de Paris, de 1882, a dança teve início em 1559. Acompanhada dela, estava a música Volte. Na mesma época, surgiu também a La Volta, uma dança italiana que utilizava na contagem musical 3/2, uma forma de compasso ternário. Volta, significa girar, sendo assim, uma das características principais da dança.
No século XVI, La Volta tornou-se um estilo comum nos salões europeus, em especial na França e na Inglaterra. Mas, devido ao contato muito próximo com a parceira, a dança sofria preconceitos da classe alta da Europa e, por isso, era considerada vulgar, sendo proibida na França, pelo Rei Luis XIII (1610-1613).
A outra versão vem de diversos textos existentes após o século XVI, que identificaram uma dança deslizante cujo origem é da região onde hoje é a Alemanha e a Áustria. Teria sim, surgido por volta de 1750 uma dança chamada Walzer, os casais ficavam um de frente para o outro e faziam movimentos circulares, como La Volta. Havia também uma dança folclórica Landler ou Schleifer, em ¾, onde o homem ficava de joelhos e a moça girava ao seu redor.
As composições que lembram a valsa vienense tiveram início a partir do século XVIII, em locais como Áustria e Alemanha. Inicialmente, adquiriu um significado de dança vulgar, sendo proibida em alguns locais.
A inspiração para sua criação veio das danças ternárias, como por exemplo, o Landler, uma dança campestre da Alemanha. Inicialmente, a valsa surgiu como dança e somente depois a música.
A palavra valsa foi traduzida do alemão (Walzer), que significa dar voltas. Nela, o casal dá várias voltas pelo salão. Para dançá-la, é necessário seguir o compasso ternário da música.
Além disso, a dança era considerada vulgar ou mesmo imoral pelas parcelas ricas da sociedade, principalmente, pela aristocracia. Tanto é que houveram países que proibiram a sua apresentação.
Com a derrota de Napoleão Bonaparte, em 1815, ocorreu o Congresso de Viena, na Áustria, uma reunião de políticos de vários países e a nobreza para reconstituir as relações entre os países europeus. No evento, o músico austríaco Sigismund von Neukomm, trouxe a valsa para os europeus e a partir daí, a dança começou a ser incorporada nos palácios e nas cortes do mundo. Outros tipos de valsa surgiram, diferentes da original.
No Brasil, a dança chegou quando o músico Neukomm foi convidado para o país em 1816 para ensinar D. Pedro I composição e harmonia e também para a Princesa Leopoldina, o piano. Com isso, a valsa vienense começou a fazer sucesso em todas as classes sociais e deu origem também a outros ritmos. Tornou-se popular no século XIX, sendo o ritmo mais romântico do país no período, até a chegada do samba-canção e a bossa nova. Dentre os principais repertórios estão os de Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Villa Lobos, Ernesto Nazaré, dentre outros.
Johann Strauss II - O Rei das Valsas
Johann Strauss II (Jonhann Baptist Strauss) foi um compositor considerado o rei da dança. Uma de suas principais composições foi o Danúbio Azul. Seu pai Johann Strauss I era um compositor romântico que iniciou as composições de valsa em sua família. Além dele, fizeram sucesso também os músicos Weber, Fréderic Chopin, Maurice Ravel e Brahms. No Brasil, também surgiram personalidades tais como Carlos Gomes, Ernesto Nazaré, Heitor Villa Lobos e Chiquinha Gonzaga.
Além desses estilos existem outros tipos que compõem a valsa.